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Cresce o número de protestos contra legalização do aborto no Brasil

Movimentos querem a valorização da vida, desde a concepção


No último domingo (30), milhares de pessoas se concentraram na Av. Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo, para uma caminhada até a Praça da Sé. Muitas famílias, crianças, jovens, religiosos e organizações pró-vida saíram com lenços azuis no pescoço, faixas e bandeiras.

Mesmo debaixo de forte chuva os manifestantes levantaram faixas que diziam “Vida sim, aborto não!” ou “Salvemos as duas vidas”, em alusão à defesa tanto da mulher quanto do feto em formação.

A marcha reuniu pelo menos 15 mil pessoas, segundo os organizadores. A iniciativa faz parte da chamada “onda celeste latino-americana” que já aconteceu em vários países. Na Argentina o movimento reuniu milhões e conseguiu pressionar o Senado para que não aprovasse a legalização do aborto.

Ana Valoy, pastora que ajudou a coordenar as marchar por lá, reclamou da morosidade da Igreja, que não se posicionou como deveria. “Acho que ainda precisamos de muita conscientização, ensinando os cristãos a deixar a apatia e a indiferença de lado. Muitos pastores não quiseram que as pessoas faltasse aos cultos para estar conosco nas marchas aos domingos. A maioria não se ‘atreveu’ a pregar sobre isso. Agora, quando viram os resultados é que foram falar algo sobre o aborto. Infelizmente, muitos deles não querem usar seus púlpitos para falar de ‘questões seculares’ “, avaliou.

Aqui no Brasil, a manifestação foi motivada por conta da discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a proposta de descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade).

O tema também pautou discussões entre os presidenciáveis, mas poucos tomaram uma posição clara contra o aborto. 

Os participantes da “Marcha pela Vida” – que começou em São Paulo, mas pretende se espalhar por todo o país  – soltaram balões azuis em memória das vítimas do aborto e através de um bebê inflável com uma luz piscando em seu interior, representaram as batidas de um coração, indicando que desde a concepção há vida.

Questão de cidadania

O movimento não é apenas de cristãos, embora a maioria dos participantes seja católico ou evangélico. Existem fieis de outros credos e até pessoas sem religião participando. Uma criança no ventre necessita de cuidado e proteção da mãe e de todos os que estão a sua volta. Essa é uma questão de cidadania”, lembrou Sumaya Zogbi, uma das organizadoras da Marcha.

Segundo ela, uma mulher em crise, que passa por uma situação de gestação que não esperava, também precisa de apoio e proteção. “Qualquer atitude momentânea pode trazer consequências para o resto da vida dessa mulher”, afirmou.

“Nós temos que conscientizar as pessoas que quando nos posicionamos contrários ao aborto, nós estamos defendendo também a vida da mulher”, disse Jeanine Castilho de Freitas Rossi, que estava junto de um grupo de 30 ciclistas da Diocese de Santo Amaro.

No final da Marcha, foi lido um manifesto amplamente divulgado nas mídias sociais, onde enfatizava que “a vida está acima de quaisquer bens econômicos e constitui-se no primeiro direito a ser preservado por leis sábias e políticas públicas de governo, por iniciativas sociais, culturais ou econômicas”. Com informações O São Paulo


Por: ADLINHARES


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